Foto: Allan S. Ribeiro
Foi realizada na tarde desta segunda-feira, 04 de junho, nova reunião da Comissão Especial de Estudos que analisa as gestões esportivas em Ribeirão Preto. Os vereadores receberam os ex-secretários municipais Marcelo Vieira e Ney Duboc, que contribuíram com depoimentos sobre as experiências que tiveram à frente da pasta de Esportes.
Ney Duboc esclareceu que no ano de 2002, período em que esteve na Secretaria, a baixa receita e os gastos quase equivalentes impossibilitaram ações concretas de desenvolvimento no setor. Disse que, apesar disso, à época em que exercia função na Secretaria Técnica Legislativa da prefeitura, capitaneou a vontade dos atletas e empenhou-se para a criação do auxílio Bolsa-atleta, programa que foi implementado, inclusive, em outras cidades interessadas no projeto. Ney disse também que sentiu dificuldade de ampliação de alguns esportes porque quase na totalidade os cargos de monitores eram destinados ao futebol, sendo que poderiam ser utilizados em outras 40 modalidades mais necessitadas. O ex-secretário elogiou o empenho dos servidores de carreira da Secretaria e informou que a ingerência política na pasta, naquele momento, interferiu nos trabalhos por ele realizados, por isso defende um Conselho Municipal do Esporte fortalecido.
Marcelo Vieira informou que foi secretário dos Esportes entre as datas de fevereiro de 1999 e dezembro de 2000, ano em que o basquete de Ribeirão estava em destaque nacional. Disse que o orçamento da Secretaria não era suficiente para as reposições necessárias, mas dinamizou o esporte através de parcerias com clubes e faculdades, que permitiram o desenvolvimento em algumas modalidades. Avaliou que o Conselho do Esporte se
rá ferramenta fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas blindadas de questões que não pertencem ao setor.
Outras pessoas ligadas ao esporte na cidade participaram do encontro e o presidente da CEE, vereador Boni (Rede), salientou a importância de inserir essas questões no legislativo. Para ele, as soluções devem ser estabelecidas através de debates com pessoas que vivem essa realidade. "Nós não podemos ficar de braços cruzados criticando gestões anteriores. A decisão de mudar está em nossas mãos, por isso queremos apresentar soluções e fazer a diferença", ponderou.
Por Marco Aurélio Tarlá
